Cumprindo o papel de fiscalizadores no município, os vereadores da Câmara Municipal de Esmeraldas convocaram o Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, Alexandro Feliciano da Silva, para esclarecimentos em relação a entrega de cestas básicas. O encontro aconteceu na tarde desta terça-feira (31), no plenário do legislativo. Participaram da reunião extraordinária os vereadores Carla Nicolau, que presidiu o encontro, além de Gustavo Henrique e Klibas Aparecido. Inicialmente, Carla questionou a quantidade de cestas básicas que o município compra para distribuir para a população. Segundo Alexandro, no primeiro ano de pandemia era entre 1.200 a 1.400 cestas, porém, este número aumentou e passou das quatro mil cestas básicas. E em 2022, até o momento, 1.400 já foram doadas, sendo, portanto, o ano que mais comprou cestas em Esmeraldas. O vereador Gustavo Henrique interrogou em quanto tempo leva desde o cadastro no CRAS até receber o atendimento. A resposta foi que não existe um prazo definido, pois é necessária uma visita inicial para constatar a situação. Todavia, nem sempre isso acontece com rapidez e diante de situações graves em algumas vezes as cestas são entregues antes mesmo de um agente ir até a residência. Foi apontado ainda sobre uma denúncia recebida pela vereadora Carla Nicolau. Segundo a parlamentar, ela foi procurada por cidadãos que alertaram sobre escolhas para entregar as cestas para determinadas famílias. O Secretário disse que já recebeu denúncias neste sentido, todavia, quando foi apurar observou que as pessoas não foram contempladas pelos critérios técnicos. Porém, Alexandro disse que os contatos diretos serão disponibilizados em breve para que essas denúncias cheguem de maneira mais ágil. Parlamentares solicitam relatório de comprovação de entregas A vereadora Carla, durante a reunião, solicitou um relatório de entrega comprovando as entregas das cestas para a população. A parlamentar alertou para um problema que tem acontecido na pasta diante de algumas acusações que tem recebido. “Eu tenho recebido várias denúncias. Tem famílias que tem 90 dias que foram ao CRAS, além de não receber, estão ainda aguardando a visita. Por isso perguntei isso anteriormente. As pessoas esperam a visita, mas a fome não espera, principalmente quem tem criança pequena. Tem mães que têm 90 dias aguardando, estão sem resposta, sem benefício e sem visita”, lamentou. A distribuição de cestas é técnica e atende a critérios. São eles: famílias que recebem Auxílio Brasil e estão em situação de extrema pobreza; Mulheres provedoras dos filhos e sem companheiro; Famílias numerosas e com crianças; famílias com pessoas com deficiência e não possuem amparo social; Pessoas em situação de vulnerabilidade e famílias em situação de vulnerabilidade e que residem em imóveis alugados.